"Pelo Sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo Sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia
Chegamos ? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos "
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo Sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia
Chegamos ? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos "
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
Um dia vou embora. Vou deixar de pesar na vida, para levitar noutro lugar. Há dias em que me sinto tão pesada e são tantas as vezes que não vejo qual a minha utilidade aqui. Mas sei que um dia me vou embora, e no sitío para onde eu vou ninguém é um peso para ninguém, nem ninguém se sente pesado. A liberdade e tranquilidade reinam nesse lugar. Não existe passado, não existem problemas e preocupações. Nunca temos de ouvir injustiças e nunca erramos. Lá, ninguém guarda rancor. Lá, não vou dar cabo de nada.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Na base do sonhar
Eu sei que não vês, mas as minhas forças também se vão aos poucos. Enquanto tu continuas a exigir e a pensar que só tu estás em baixo, as minhas forças vão-se acabando, lentamente. A luz vai-se apagando; tenho medo que se torne um escuro perigoso. Gostava que visses o que faço bem, o meu esforço, e não só as vezes que erro. Gostava de ouvir um 'obrigado' de vez em quando, tal como tu. Não sou perfeita, estou longe disso, porém esforço-me. Muito, todos os dias. Esforço-me para pensar da forma certa e tomar as atitudes que devo, tento basear-me em factos reais, e ter os pés acentes na terra. É difícil, porque sabes o que sou : uma sonhadora. Os sonhos são tudo o que me alimenta dia-a-dia. Sonho que podem ter tudo vindo de mim, mas nunca terão a minha alma e os meus sonhos. Sonho que um dia vou alcançar todos os meus sonhos, vou torná-los reais e depois vou criar outros novos. Sonhar é o meu caminho, o único em que não me perco. A minha vida não é um conjunto de sonhos, mas o meu futuro é. O futuro é um sonho, podemos concretizá-lo como quisermos. Essa é a minha esperança. Sei que amanhã vou estar mais perto dos meus sonhos e depois de amanhã ainda mais; cada vez mais perto. Nada me vai fazer desistir. Se acontecer alguma coisa que me impeça de alcançar determinado sonho, não quero ficar agarrada a isso. Quero criar outro e lutar. Um dia quero encontrar alguém que veja o meu esforço e que perceba. Alguém para quem eu nao seja um peso. Os meus sonhos, a minha consciência e a força das coisas, são a minha fé, e nunca nada nem ninguém vai conseguir acabar com ela.
Há Momentos
Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre
Há Momentos
Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Podes pensar que estou à tua espera, mas não é verdade. Já conheço o cheiro desta rua, a calçada e os buracos que vão separando as pedras. Já andei aqui tantas vezes, de trás para a frente, à procura de um solo estável e sólido, sem espaços ou buracos. Já não passo aqui para te procurar, para sentir a tua presença. Agora ando sozinha; encontrei confiança em mim. Por vezes penso que estou a andar direita, e ergo a cabeça por uns segundos, mas ainda não estou sufecientemente equilíbrada para aguentar mais que isso. Baixo-a de novo, olho para o chão, incerto e ameaçador, e continuo a caminhar, devagar. Pode ser que demore algum tempo a caminhar sem medo, direita e de cabeça erguida. Mas pelo menos, já estou de pé.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Tu não me ensinaste a te esquecer. Deixaste demasiadas marcas, mas nunca explicaste porque as deixaste. Só me ensinaste a ver o teu valor, a ver como estávamos bem um para o outro. Depois sem explicação, acabou. Tu serias o melhor professor, mas a vida e o tempo também serve. Tudo o que me ensinaste, perdeu o valor.
domingo, 30 de maio de 2010
Já não me interessa o que falhou. Alguma coisa foi, se não foi da tua parte, foi da minha. Se não foram palavras, foram acções. Se não foram olhares, foram toques. Se calhar não estava destinado, simplesmente. Mas sei que as cores parecem menos vivas sem ti, a vontade é menos forte. A noite é mais escura, os dias menos claros. Disseste que voltávas quando estivésses melhor, mas nunca o fizeste. Disseste muitas coisas que na verdade nem tencionavas fazer. Só te enganas a ti próprio. Eu vou aprendendo com o tempo, tu não. Andas perdido num labirinto de mentiras e promessas criado por ti, mas nem tu sabes onde é a saida. Gostava que um dia saisses desse labirinto. Hoje, vou desistir. Não porque quero, mas porque me apetece. Apetece-me esquecer-te a ti e aos outros. Esquecer tudo o que me disseram, tudo o que me fizeram sentir. Queria voltar a ter o meu coração inteiro, mesmo que fosse menos resistente. Ninguém me disse que era fácil, mas também ninguém me disse que era tão difícil. Doí sempre que penso. Doí ver seguir e seguir, mesmo querendo ficar parada no mesmo sitio. Mas não posso. Contigo ou sem ti, vou ter que seguir. Um dia vais perceber. Já desperdiçaste tudo, desperdiçaste comigo e sem mim. Um dia o teu olhar vai-se encontrar com o meu, concerteza. E vais procurar a tranquilidade que te transmitia, o amor que demonstrava. Mas, não vais encontrar...
sinto
Sinto a tua falta. Menos que ontem, mas mais que amanhã. Sinto quando me deito, quando acordo e quando estou sozinha, e não sei porquê. Sinto falta de me dizeres o que agora dizes a outras, e sinto falta de me sentir especial para ti. Sinto falta de olhar para ti e achar-te feio aos olhos vulgares, mas bonito para mim. Sinto falta de não sentir falta de ti. Nem sei se te queria de volta, mas sei que queria os nossos tempos de volta, o ínicio. Nesses tempos, pensei que eras diferente, não ias desistir. Sinto falta de quando me achavas única, porque agora sou só mais uma. Mas sinto menos falta do que ontem, isso deve ser um bom sinal. Acho que tive de te encontrar, para entender que as coisas nunca são como pensamos. Nunca conhecemos realmente uma pessoa, por mais que tentemos olhar nos olhos e dizer a verdade. As palavras mentem muito. E o teu olhar, nunca foi verdadeiro. Acho que nem sabes como manter uma relação, porque todas perdem a magia a certa altura, e todas as pessoas têm problemas. Mas quando se ama, ultrapassa-se isso em conjunto. Os teus problemas podiam ser os meus, e os meus podiam ser os teus. Voltávamos atrás no tempo, e refaziamos tudo. Eu mudo, tu mudas. Sinto falta de te dizer que ia mudar. Sinto falta de ter vontade de sentir a tua falta. Sinto muito a tua falta; mas não te quero de volta, pelo menos não como estás agora. Nem tu queres. Acho que a única mudança que vai acontecer, é um dia deixar de sentir a tua falta.
sábado, 29 de maio de 2010
Sabes porque é que ele volta?
Porque no fundo apesar de não te aceitar, apesar de dizer que não te ama, ele sabe que não existe melhor que tu. Parte, procura, descobre, conhece, e volta sempre. Porque entende cada vez melhor que tu és tu; ninguém te supera em todos os aspectos. Numa manhã cinzenta e solitária, ou numa noite terminal de um dia para esquecer, ele vai pensar em ti, em como tu o fazias sentir melhor, mais seguro. Porque ele sabe que tu vais sempre voltar, independentemente do que fez antes. Porque sabe que gostas dele, que pensas precisar dele. Numa dessas noites ou manhãs, o teu telemóvel será aos teus olhos abençoado com uma mensagem dele, ou um telefonema. Aqui está : a conversa do costume. "Eu preciso de ti...", "Não quero seguir o meu caminho sem ti...", "Eu sei que errei, mas aprendi com o erro..." e a nossa parte consciente, não afectada por ele, vai-nos fazer pensar : Onde é que eu já ouvi isto...? Depois a parte que pensa que ele é perfeito e único vai manifestar-se : ELE VOLTOU! Gosta mesmo de mim, toda a gente estava errada. Sem pensar duas vezes, respondemos e retribuimos todo aquele blábláblá.
Passa uma semana : ele volta a encontrar-se com tudo em ti que não é capaz de aceitar, por ser um idiota. Volta a ver em ti todos os defeitos, e a pensar que arranja melhor. infelizmente, os homens esquecem-se facilmente do que dizem, só nao se esquecem do que nós dizemos. E irá começar a criticar-te de novo, mandar-te as culpas etc. E tu não entendes... na semana passada ele tinha-te dito que eras tudo para ele, que precisava de ti. E agora já diz que não é capaz de lutar, que não vale a pena, já nao sente magia, já nada. Foi tudo anulado. DELETE nos cerebros deles, DELETE nas nossas vidas. Mais uma vez, podes tentar dizer o que quiseres, prometer o que quiseres, porque eles vão deixar-te na mesma. E vão iniciar o mesmo processo de sempre.
Até que, tu vais encontrar o teu caminho. Vais entender que não és tu que precisas dele, é ele que precisa de ti. Ele não te completa, tu já és uma mulher completa e distinta das outras. És tu mesma. Tens o que tens, és como és, e se ele não soube aceitar isso, só o tempo o vai fazer ver o seu erro (tempo, muito tempo). Nesse dia, vais olhar à tua volta e ver que tens tudo o que precisas para ser feliz, apesar de não o teres a ele. Se ele não gostava de ti assim, não interessa. Tu é que tens de gostar, tu é que vives contigo 24 sob 24 horas. Despe esse peso de ter de o fazer feliz, ter de mudar para ele ficar contigo.
Ele vai voltar, provavelmente. No fim do mesmo processo de sempre, vai precisar de ti outra vez, e vais ser a mulher da vida dele outra vez. Mas desta vez, tu vais estar noutra. Vais dizer-lhe que ele é passado para ti, e passado não volta mais. Já nao precisas dele, e se ele precisa de ti, devia ter pensado nisso antes. Ele até te pode atacar com a historia de ter tido mulheres mais bonitas, mais bem postas socialmente, mais sociais, mais conhecidas, mas isso não terá efeito em ti. Porque tu sabes que és linda, e que se ele olhou para ti, muitos olham. Então vais apenas dizer : que bom para ti, espero que sejas feliz com uma delas. E isso vai ser o desespero dele, é o desespero de qualquer cobarde. Ele já nao é nada para ti, e antigamente era tudo.
Um dia, ele vai perceber que tu eras única, e tu vais perceber que ele era só mais um.
Porque no fundo apesar de não te aceitar, apesar de dizer que não te ama, ele sabe que não existe melhor que tu. Parte, procura, descobre, conhece, e volta sempre. Porque entende cada vez melhor que tu és tu; ninguém te supera em todos os aspectos. Numa manhã cinzenta e solitária, ou numa noite terminal de um dia para esquecer, ele vai pensar em ti, em como tu o fazias sentir melhor, mais seguro. Porque ele sabe que tu vais sempre voltar, independentemente do que fez antes. Porque sabe que gostas dele, que pensas precisar dele. Numa dessas noites ou manhãs, o teu telemóvel será aos teus olhos abençoado com uma mensagem dele, ou um telefonema. Aqui está : a conversa do costume. "Eu preciso de ti...", "Não quero seguir o meu caminho sem ti...", "Eu sei que errei, mas aprendi com o erro..." e a nossa parte consciente, não afectada por ele, vai-nos fazer pensar : Onde é que eu já ouvi isto...? Depois a parte que pensa que ele é perfeito e único vai manifestar-se : ELE VOLTOU! Gosta mesmo de mim, toda a gente estava errada. Sem pensar duas vezes, respondemos e retribuimos todo aquele blábláblá.
Passa uma semana : ele volta a encontrar-se com tudo em ti que não é capaz de aceitar, por ser um idiota. Volta a ver em ti todos os defeitos, e a pensar que arranja melhor. infelizmente, os homens esquecem-se facilmente do que dizem, só nao se esquecem do que nós dizemos. E irá começar a criticar-te de novo, mandar-te as culpas etc. E tu não entendes... na semana passada ele tinha-te dito que eras tudo para ele, que precisava de ti. E agora já diz que não é capaz de lutar, que não vale a pena, já nao sente magia, já nada. Foi tudo anulado. DELETE nos cerebros deles, DELETE nas nossas vidas. Mais uma vez, podes tentar dizer o que quiseres, prometer o que quiseres, porque eles vão deixar-te na mesma. E vão iniciar o mesmo processo de sempre.
Até que, tu vais encontrar o teu caminho. Vais entender que não és tu que precisas dele, é ele que precisa de ti. Ele não te completa, tu já és uma mulher completa e distinta das outras. És tu mesma. Tens o que tens, és como és, e se ele não soube aceitar isso, só o tempo o vai fazer ver o seu erro (tempo, muito tempo). Nesse dia, vais olhar à tua volta e ver que tens tudo o que precisas para ser feliz, apesar de não o teres a ele. Se ele não gostava de ti assim, não interessa. Tu é que tens de gostar, tu é que vives contigo 24 sob 24 horas. Despe esse peso de ter de o fazer feliz, ter de mudar para ele ficar contigo.
Ele vai voltar, provavelmente. No fim do mesmo processo de sempre, vai precisar de ti outra vez, e vais ser a mulher da vida dele outra vez. Mas desta vez, tu vais estar noutra. Vais dizer-lhe que ele é passado para ti, e passado não volta mais. Já nao precisas dele, e se ele precisa de ti, devia ter pensado nisso antes. Ele até te pode atacar com a historia de ter tido mulheres mais bonitas, mais bem postas socialmente, mais sociais, mais conhecidas, mas isso não terá efeito em ti. Porque tu sabes que és linda, e que se ele olhou para ti, muitos olham. Então vais apenas dizer : que bom para ti, espero que sejas feliz com uma delas. E isso vai ser o desespero dele, é o desespero de qualquer cobarde. Ele já nao é nada para ti, e antigamente era tudo.
Um dia, ele vai perceber que tu eras única, e tu vais perceber que ele era só mais um.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Está tudo tão no início ... acho que nos esquecemos disto. Tudo o que parece o fim, é apenas o início de algo, todos os fins são o início de alguma coisa, mesmo que pareça que não. Somos tão dramáticos por vezes, quando na verdade, tudo o que podiamos pedir, já temos : estamos vivos. Estamos vivos, nem que seja por mais um minuto. Vamos usar esse minuto, explorá-lo ao máximo. Perder a esperança é deixar de respirar. A única coisa que devemos pedir é para que isso nunca aconteça. Mesmo quando nos formos a baixo, e tudo parecer escuro, irremediável e sem qualquer lado positivo, devemos olhar à nossa volta. Observar. Deviamos observar mais, em vez de andar na rua a pensar nos nossos problemas, na nossa vida desastrosa. Basta por vezes olharmos pela janela, e observar. Ver como muita gente pode estar a passar pelo mesmo, pode estar a sentir o mesmo que nós, ou até pior. Devemos respirar fundo. Nada é tão mau quanto parece, nada tem tanto significado quanto parece. Sim, apesar de tudo, podia ser pior. Há coisas que podemos remediar, outras que não há nada a fazer a não ser aceitar e procurar aprender. Só o facto de termos emoções, sentimentos, devia dar-nos esperança. Apenas termos amigos que gostam de nós e estão do nosso lado, devia dar-nos esperança. O facto de sermos saudáveis e com pelo menos mais um minuto de vida, devia dar-nos esperança. Vamos esquecer o passado que nada podemos fazer para alterar, vamos respirar e pensar nos aspectos positivos, mesmo que estejam escondidos por toda a dor. Com esperança e fé, vamos pedir para nunca perdermos a esperança que nos mantém vivos. Porque pode não estar ninguém próximo para nos abraçar, mas nós temos dois braços.
sábado, 17 de abril de 2010
time has told me
O tempo disse-me para não pedir mais. Disse-me para acalmar, finalmente. Para deixar as coisas acontecerem, sem pressionar. Deixar as coisas como são, e não tentar mudar sem sentido. Por isso, sem qualquer razão, vou seguir o tempo. Já que este é o meu melhor amigo e ao mesmo tempo, o pior inimigo. Mas é o único que cura certamente. Vou procurar os meus sarilhos, e deixar os dos outros. Vou sonhar, sem medo de bater com a cabeça. E vou chorar e rir vezes sem conta. Vou imaginar e criar, porque o tempo me disse para o fazer. E vou esquecer todos os que me fizeram mal, porque o tempo é um sonho, e hoje decidi sonhar.
Vou fechar os olhos. Fechá-los com força e determinação, como se tudo dependesse de os fechar. Vou pensar, refletir sobre tudo o que foste, és e serás. Parada no tempo, não há som que vibre dentro de mim, nem palavras que penetrem a minha atenção. Agora sim, posso dizer que sou só tua e do que temos, tivémos e teremos. Tento pensar em tudo o que aconteceu, cada atitude e momento. Sei que o tempo nunca dura como queremos, e tudo tem um fim. Mas sinceramente, gostava que o nosso fim tivesse sido mais tardio. Achei que me merecias, que não ia ser tão mau como antes. Confiei? não, não foi bem confiar. Foi mais acreditar, não sei se está ligado ou não; não interessa. Interessa sim, que agora, neste momento, estou triste por tua causa. E eu prometi já noutra situação parecida que isso não ia voltar a acontecer. Bem sei que faz tudo parte de amar, mas eu não quero amar como os outros, já que amar é sofrer. No entanto, deste-me coisas positivas que me fizeram feliz, e agora alimentam as minhas saudades. Talvez a culpa tenha sido minha, por causa deste feitio. Mas sei que se fosses especial, tinhas tentado mais. Foste apenas mais uma história para contar, agora consigo definir. Juráste como os outros, prometeste como os outros, e como todos os outros - mentiste.
quarta-feira, 31 de março de 2010
borboleta
Se eu largar eu sinto a sua falta. Se eu agarro ela perde a côr. Ela não é dos meus
dedos, é dos meus medos.
E faço-me passar por uma flor. Tento imaginar o que ela diz, à espera de aprender.
À face da rua existe a lua, mas não é tua. À margem da estrada não há nada, mas já te agrada.
Tu és o teu mundo
Tu és o teu fundo
Tu és o teu poço
És o teu pior almoço
És a pulga na balança
És a mãe dessa criança
És o mal
És o bem
És o dia que não vem
Agora pára de fazer sentido,não vês que assim estás a pisar fora da estrada. Vê se agora páras de fazer sentido, não vês que nada nos dirá mais do que nos diz nada
Vê que o meu coração ainda salta, quer e julga ser capaz
Não o faça por meus medos, faça nos dedos. E eu fico para ver o que ele faz sem imaginar o que eu não fiz.
À espera de viver
À face da chama existe a fama
Mas não te ama
À margem do nada não há estrada
Já não te agrada
Tu és o teu preço
És a tua glória
Tu és o teu medo
És a parte má da história
Vê que o sol ainda brilha
Ainda tem por onde arder
Não é mau
Não é bem
São razões para viver
Agora pára de fazer sentido, não vês que assim estás a pisar fora da estrada
Vê se agora páras de fazer sentido
Não vês que nada nos dirá mais do que nos diz nada
Se eu largar eu vou sentir a sua falta
Tu és tu sempre que tu és, és mesmo tu quando pensas que és outra coisa
E tu pensas que não mas tu és mesmo bom a ser sempre. Quem és, daí o teu motivo ser inapagável, daí o teu desejo ser incontornável. O prazer é tão maleável, daí o seu valor ser inestimável.
Foge Foge Bandido - Borboleta
dedos, é dos meus medos.
E faço-me passar por uma flor. Tento imaginar o que ela diz, à espera de aprender.
À face da rua existe a lua, mas não é tua. À margem da estrada não há nada, mas já te agrada.
Tu és o teu mundo
Tu és o teu fundo
Tu és o teu poço
És o teu pior almoço
És a pulga na balança
És a mãe dessa criança
És o mal
És o bem
És o dia que não vem
Agora pára de fazer sentido,não vês que assim estás a pisar fora da estrada. Vê se agora páras de fazer sentido, não vês que nada nos dirá mais do que nos diz nada
Vê que o meu coração ainda salta, quer e julga ser capaz
Não o faça por meus medos, faça nos dedos. E eu fico para ver o que ele faz sem imaginar o que eu não fiz.
À espera de viver
À face da chama existe a fama
Mas não te ama
À margem do nada não há estrada
Já não te agrada
Tu és o teu preço
És a tua glória
Tu és o teu medo
És a parte má da história
Vê que o sol ainda brilha
Ainda tem por onde arder
Não é mau
Não é bem
São razões para viver
Agora pára de fazer sentido, não vês que assim estás a pisar fora da estrada
Vê se agora páras de fazer sentido
Não vês que nada nos dirá mais do que nos diz nada
Se eu largar eu vou sentir a sua falta
Tu és tu sempre que tu és, és mesmo tu quando pensas que és outra coisa
E tu pensas que não mas tu és mesmo bom a ser sempre. Quem és, daí o teu motivo ser inapagável, daí o teu desejo ser incontornável. O prazer é tão maleável, daí o seu valor ser inestimável.
Foge Foge Bandido - Borboleta
porquê?
Era só pensar em ti. Mudava o dia, mudava tudo. Eu sei que não é certo pensar nisto, mas não consigo evitar, porque agora pensar em ti já nao muda nada. Tenho saudades de quando mudava; de como a minha alegria dava para ver, não dava para esconder. Mesmo que nunca acredites, pensar em nós, fazia-me feliz, apesar de tudo. As pessoas dizem que deves estar bem assim. Espero que sim. Espero que já nem penses em mim, porque isso deve fazer-me pensar menos vezes em ti.
Apesar de que... pensar em ti, mudava tudo. Fazia nascer uma vontade de viver em paz com o mundo, e tentar. Tentar, tentar, tentar. Até não conseguirmos mais.
Os dias já não mudam, por muito que te queira aqui. Por muito que pense em ti e tente sentir o mesmo, já não é igual. Porquê?
Apesar de que... pensar em ti, mudava tudo. Fazia nascer uma vontade de viver em paz com o mundo, e tentar. Tentar, tentar, tentar. Até não conseguirmos mais.
Os dias já não mudam, por muito que te queira aqui. Por muito que pense em ti e tente sentir o mesmo, já não é igual. Porquê?
quinta-feira, 25 de março de 2010
anti-rapazes por tempo indeterminado
Os rapazes são uma complicação incrível. Depois nós é que somos complexas? Sim, somos. Mas no bom sentido, ao contrário deles. São complexos, instáveis e mentirosos. Querem, não querem; gostam, não gostam; vão tentar, não vão tentar. Mentem umas 5000 vezes por dia e no fundo nós sabemos disso. Umas vezes com sucesso, outras sem sucesso, tentamos ignorar esse facto. 'não inventes, ele não tem necessidade de mentir' - dizemos para nós próprias, para a nossa lógica prespicaz e para o nosso coração preenchido por um otário qualquer. Até que, num dia em que estamos mais insensíveis, começamos a pensar o que é que fizeram por nós e comparamos com o que nós fizémos por eles. Analisamos o que eles dizem ou a frequência com que dizem, e comparamos connosco. Uma luz ilumina tudo. Ele nunca tentou, não vai mudar, e já nos tem como um troféu que ninguém pode tirar (mas pode meus amigos, lamento informar. Muitas vezes até outros otários tentam, mas como não somos como vocês, alimentamos esse vosso sentimento de tranquilidade porque 'nos têm'). Claro que nesse momento, enquanto ainda estamos iluminadas por esta luz, tudo parece fácil. Elaboramos um texto muito inteligente e sentido, mas áspero ao mesmo tempo, orgulhosas de nós mesmas por irmos pôr um ponto final naquela estúpida história de amor. Já nem faz diferença se ele responde ou não, porque nós marcámos a nossa posição, deitámos as cartas na mesa, e GANHÁMOS. Ele até pode tentar virar tudo contra nós, mas não faz mal. Nós sabemos quem tem razão e parece que nos tiraram quilos de cima.
Infelizmente, essa luz transforma-se num escuro desconfortável e solitário. Porque apesar de tudo, ele fazia-nos companhia e em certos dias, parecia perfeito para nós. Agora já deve ter outra, deve dizer-lhe o mesmo que nos dizia a nós. Deve tocar-lhe como nos tocava a nós. Que sentimento horrível, que revolta. A vontade é muita, de voltar atrás, tentar pelo menos. É mesmo muita. Quase indomável. É ai, nessa altura, que devemos pegar no telémovel e telefonar para uma amiga, uma mulher tão capaz quanto nós, que nos relembre como ele não serve para nós e as saudades é uma coisa normal de se sentir. É ISSO - saudades. É isso que temos de combater. Temos de rir, conversar, expulsar as saudades como se se estivessem a alimentar de algo indespensável para a nossa vida. De certa maneira, até estão. Parecendo que não, estamos bem melhor sem ele.
Infelizmente, essa luz transforma-se num escuro desconfortável e solitário. Porque apesar de tudo, ele fazia-nos companhia e em certos dias, parecia perfeito para nós. Agora já deve ter outra, deve dizer-lhe o mesmo que nos dizia a nós. Deve tocar-lhe como nos tocava a nós. Que sentimento horrível, que revolta. A vontade é muita, de voltar atrás, tentar pelo menos. É mesmo muita. Quase indomável. É ai, nessa altura, que devemos pegar no telémovel e telefonar para uma amiga, uma mulher tão capaz quanto nós, que nos relembre como ele não serve para nós e as saudades é uma coisa normal de se sentir. É ISSO - saudades. É isso que temos de combater. Temos de rir, conversar, expulsar as saudades como se se estivessem a alimentar de algo indespensável para a nossa vida. De certa maneira, até estão. Parecendo que não, estamos bem melhor sem ele.
quinta-feira, 18 de março de 2010

É nesse sentimento que te perdes enquanto te encontras, naquele que é o tempo mais infinito que já existiu, numa existência exausta. A vida passa rápido quando queres que passe devagar, e devagar quando precisas que passe rápido. Como acertar? Não acerta. Não muda, não toca, não sente. Deixa o dia acabar
sábado, 20 de fevereiro de 2010
outside
No momento em que me apercebi da lágrima que caira ao recordar tudo o que tinhas dito, foi também o momento em que jurei a mim mesma que ia ser a primeira e a última. Tu não és nem podes ser mais importante que a minha felicidade, o meu bem estar. Já foste, em tempos. Agora, és apenas uma memória que vive no dia-a-dia, mas cada dia menos, cada hora menos. Eu sou dona do meu pensamento, da minha vida e tu já não podes fazer parte de ambos. Porque fizeste a tua escolha, seguiste o teu caminho, sem olhar ou considerar se seria o melhor para os dois. E durante tempos pensei se teria sido eu a causa da tua escolha, mas não. Tu foste a causa, tal como foste a causa do vazio que se instalou em mim. Já não és ; não és a causa de nada. És a causa de uma aprendizagem que me fez ver a vida de outra forma. Agora entendo que a vida é curta, é única. O que lá vai, lá vai, é passado. Tu és passado, nós somos passado. E não vou mais ficar agarrada a isso, com medo de me soltar e ser sugada para o presente. Agora já me encontro nele, longe de ti. Apenas as lembranças fazem com que não morras no meu pensamento. Essas sim, vão ficar provavelmente. Mas não vão afectar mais a minha vida. Vou usá-las como instrumentos para uma peça que não repete sengunda vez.
Nós, já lá vai. Tudo o que pensei existir, já lá vai. Não fazes mais parte de mim, nunca mais vais fazer. E se antigamente isso me fazia sentir incompleta e revoltada, hoje digo-te : sou mais feliz por saber isso.
Nós, já lá vai. Tudo o que pensei existir, já lá vai. Não fazes mais parte de mim, nunca mais vais fazer. E se antigamente isso me fazia sentir incompleta e revoltada, hoje digo-te : sou mais feliz por saber isso.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Delete
já me tinha esquecido como é horrivel fazer parte de ti, o que fazia com que as saudades não me deixassem respirar sequer. já me tinha esquecido como és capaz de ser desagradável, como as nossas personalidades são tão diferentes. Tinha esquecido como és orgulhoso e percebes mal tudo o que digo; esqueci tudo isto para manter apenas na memória o que me trazias de bom. Andei à procura de algum que te substituísse, mas de facto não existe nenhum. Já nem isso me preocupa e revolta. Tu estas tão longe daquilo que devo querer... não há caminhos nem pontes que nos unam. Tu encontras-te num extremo e eu noutro, sem nada pelo meio. Só os nossos sonhos que não sobreviveram ao passar do tempo, ao agir do dia-a-dia. Penso que sentimos sempre saudades de tudo o que nos era mais impossivel, porque isso nos faz viver. Quando acaba, seguimos. Cada um com as memórias que escolheu manter, com o vazio que o coração permite, com o desgosto que a culpa provoca, com a saudade do impossivel desejo. Podemos provocar, mas sabemos que isso não provoca mais do que raiva. Concerteza que se soubesses o que passo todos os dias, ias tentar que eu não pagasse desta forma. Mas não sabes; nem sonhas. Então os dias passam, vão passando, já passaram. As boas lembranças vão sendo substituidas por tudo o que encontramos de mal, porque se não, não conseguimos esquecer. Então tudo bem... vou apenas ignorar o que dizes pensar, vou apenas lembrar-me do que fomos no passado que já lá vai.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
let's talk about a dream
Entre o frio rispido, a chuva cansativa, as dores de cabeça agudas no lado esquerdo, entre passos rápidos e nervosos - parou e disse apenas :
- Vamos sonhar? Só hoje, só agora. Já sei de todas as desvantagens, mas apetece-me dizer o quanto gosto de ti, agora. Não pode ser depois, nem numa altura em que tudo isto seja mais fácil. Quero que seja agora, já esperámos muito tempo. Quero dizer como sempre que te vejo, deixo de pensar em coisas estúpidas; não é como dizem 'o coração bate mais depressa'; 'o estomâgo anda às voltas'; nada disso. Pelo contrário - é como se tudo se tornasse calmo e lento. Como se a minha cabeça sempre cheia de pensamentos, se tornasse um lugar organizado pelo teu olhar, certo como o teu falar e seguro como o teu andar.
Por isso, só hoje, só agora, só neste momento, quero sonhar.
- Vamos sonhar? Só hoje, só agora. Já sei de todas as desvantagens, mas apetece-me dizer o quanto gosto de ti, agora. Não pode ser depois, nem numa altura em que tudo isto seja mais fácil. Quero que seja agora, já esperámos muito tempo. Quero dizer como sempre que te vejo, deixo de pensar em coisas estúpidas; não é como dizem 'o coração bate mais depressa'; 'o estomâgo anda às voltas'; nada disso. Pelo contrário - é como se tudo se tornasse calmo e lento. Como se a minha cabeça sempre cheia de pensamentos, se tornasse um lugar organizado pelo teu olhar, certo como o teu falar e seguro como o teu andar.
Por isso, só hoje, só agora, só neste momento, quero sonhar.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
saudades
"Saudades! Sim... Talvez... e porque não?... Se o nosso sonho foi tão alto e forte. Que bem pensara vê-lo até à morte. Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pão! Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar, Mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar. Mais a saudade andasse presa a mim!"
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
maybe
se calhar, procuramos vezes sem conta o mesmo, sem noção da falta de procura. se calhar, não andamos a procurar bem, nesta constante procura em que procuram por nós. talvez o melhor seja esperar, sem procurar. aguardar o sinal e partir sem olhar para trás. talvez a razão do encontrar, esteja no não procurar.
sábado, 2 de janeiro de 2010
think of me
Think of me, think of me fondly, when we've said goodbye.
Remember me once in a while, please promise me you'll try.
When you find that, once again, you long to take your heart back and be free;
If you ever find a moment
Spare a thought for me...
We never said our love was evergreen, or as unchanging as the sea;
But if you can still remember,
Stop and think of me...
Think of all the things we've shared and seen -
Don't think about the way things might have been...
Think of me, think of me waking silent and resigned
Imagine me, trying too hard to put you from my mind
Recall those days, look back on all those times
Thinks of the things, we'll never do
There will never be a day, when I won't think of you
Remember me once in a while, please promise me you'll try.
When you find that, once again, you long to take your heart back and be free;
If you ever find a moment
Spare a thought for me...
We never said our love was evergreen, or as unchanging as the sea;
But if you can still remember,
Stop and think of me...
Think of all the things we've shared and seen -
Don't think about the way things might have been...
Think of me, think of me waking silent and resigned
Imagine me, trying too hard to put you from my mind
Recall those days, look back on all those times
Thinks of the things, we'll never do
There will never be a day, when I won't think of you
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
A esperança é sem dúvida a primeira a morrer
Perdida na noite escura, numa rua grande demais para uma pessoa só, com o vento norte gelado como o dos Alpes Suíços a passar na minha cara transtornada por causa da notícia que apesar de ser previsível desde há muito, tentei sem sucesso ignorar,na esperança de que essa atitude mudasse o futuro. Já não há caminhos para voltar, e o que é que a vida fez de mim? Arrastou lentamente para longe de mim tudo o que era sólido e estável. Tornou a minha vida, um mar de questões que nunca serão respondidas, medos que nunca serão ultrapassados e desgostos que nem o tempo irá curar. O tempo passa, passa tão rápido quando desejo que passe lentamente, e tão devagar quando anseio que passe depressa. Mas tanto faz... o meu destino será para sempre querer algo mais; desejar o impossivel; passar estas noites frias sozinha, nesta rua desesperadamente longa, que parece não ter fim, tal como a maré de sorte em que todos nadam neste presente e num futuro próximo, mas em que eu não estou incluída. Bem que eu quis, depois de tudo ainda ser feliz, mas é provavelmente tarde de mais. O tempo passou e decidiu por mim; já me esqueci de te esquecer. Já me esqueci de que tudo isto me faz mal, me intoxica lentamente. Estas noites de dor repetem-se há alguns meses, embora a solidão e descontentamento dure há muito mais e eu, humildemente, apenas desejo um caminho de regresso. Regresso a uma felicidade apenas fingida, mas que ao menos me trazia alguma estabilidade. Por mais que tente, não o encontro, é como se estivesse escondida por todos os males deste mundo e mais alguns de outros. Aqui sentada no degrau do costume, no prédio do costume, em frente do mendigo do costume que se encontra sempre adormecido, com o maço indespensável e o Martini Branco que já é sem dúvida um dos meus melhores amigos, recordo cada momento, cada pormenor, cada inustiça e penso : que lua esta que tudo me tirou ... que tempo incrível que tudo levou.
Chorar já não vale de nada, esgotei no passado todas as minhas reservas de lágrimas e forças para o fazer. Agora arrependo-me de ter derramado tantas gotinhas mágicas por coisas ridículas que nem faziam parte da minha realidade. Gritar nunca foi solução para mim; é algo que faço continuamente - num grito interior e doloroso. Arranho a minha garganta toda em busca de algo que me tire deste buraco negro que me pucha sem ceder um único momento de descanso. Finalmente acho nas profundezas da minha consciência, escondida na grande maioria do tempo por todos os cigarros e alcóol, uma definição perfeita para nós : é como se eu tivesse por de baixo dos meus pés uma rampa rodante na tua direcção e não sou capaz de me virar para o lado oposto. As poucas luzes acesas na bela e grande Lisboa apagam-se. Assim percebo que deve ser realmente tarde e em outra altura qualquer o medo teria-me invadido , mas agora já não tinha nada a perder. Morrer não era um problema de todo, era de facto um desejo disparatado. Ser assaltada era mais aborrecido, porque de seguida teria de continuar a viver sem os meus bens. Estes são apenas a garrafa de Martini e o maço de tabaco; com excepção desses meus dois grandes amigos e inimigos ao mesmo tempo, não tinha nada a perder e por isso, nada a temer. Por isso nem me incomodei, decidi que ia ficar ali até bem me apetecer. Podiam aparecer os bandidos mais perigosos da Europa, nada me tiraria daquele degrau, preso aquelas escadas, presas àquele prédio que tinha sido o meu lar noturno ao longo dos últimos meses. A rotina já estava bem estabelecida : a uma dada altura, depois de me deprimir por completo e o organismo precisar de um descanso forçado, iria adormecer num sono profundo mas ansioso. Sinceramente, a leveza com que prevejo a situação demonstra-me que cada vez estou mais insensível até para comigo mesma. Talvez por já estar habituada aos exageros, os ataques e às críticas. Alguma coisa há sempre de estar mal, e é claro que a culpada serei sempre eu. Raramente me comovo com algum filme ou alguma música, com uma fotografia antiga ou alguma lembrança. A verdade é que as lembranças já não me comovem, só criam mais uma razão para justificar o meu descontentamento constante. De certa forma, até me fazem sentir melhor comigo mesma e com a minha fragilidade. Talvez não seja fragilidade mas sim uma vontade que invade os meus dias de ser salva . E não consigo perceber essa vontade, porque em tempos a minha teoria que parecia ser definitiva, consistia claramente em que cada um se tem de se salvar dentro dos possiveis. Cada um tem de fazer um esforço por se salvar da fossa que o mundo nos propõe todos os dias. Todos os dias sem excepção somos vitímas de testes propostos por alguém que nem é capaz de descer do seu lar, vir tomar um café connosco e finalmente explicar como devemos agir nas determinadas situações. Somos apenas peças de um jogo xadrez manipulado por um jogador que não dá a cara. A sua obrigação é dar-nos algumas pistas, um toque aqui e ali; se vir que estamos a falhar, a ir pelo caminho errado, deveria ajudar-nos a descobrir o certo. Porque é que insistem que a força esta dentro de nós?! Dentro de nós onde? Porque eu passo aqui os meus serões a pensar em tudo, analisar cuidadosamente e não encontro a resposta a nada. Desde pequena que sonho com um príncipe que já percebi não existir. Digam o que disserem, não existe mesmo, em lado nenhum. E quanto mais procuramos por ele, menos hipóteses temos de que apareça uma coisa parecida com essa personagem que todas desejamos. Enquanto era ingénua e o meu coração estava tapado com panos de infantilidade , passava noites inteiras a ver romances – devo ter visto todos os romances do clube-de-video do meu bairro. O tempo passou e esses panos foram sendo rompidos por todos os sapos que foram aparecendo e tentando a sua sorte. Assistir aqueles filmes dáva-me prazer. Continuo a ver todos os fins-de-semana e por incrível que pareça quase que me fazem acreditar que o amor existe. Vemos aquelas histórias lindas, aquelas falas tão bonitas e doces, que no fundo não passam de um feitiço que nos encanta e inspira para perdermos tempo à procura de uma coisa que só acontece nessas fantasias criadas pelos humanos. O que mais me assusta é que estou tão ou mais bêbada que o mendigo do prédio da frente e mesmo assim não consigo parar de pensar! Não consigo evitar pensar nestes assuntos todos, não me consigo esquecer das coisas.
Chorar já não vale de nada, esgotei no passado todas as minhas reservas de lágrimas e forças para o fazer. Agora arrependo-me de ter derramado tantas gotinhas mágicas por coisas ridículas que nem faziam parte da minha realidade. Gritar nunca foi solução para mim; é algo que faço continuamente - num grito interior e doloroso. Arranho a minha garganta toda em busca de algo que me tire deste buraco negro que me pucha sem ceder um único momento de descanso. Finalmente acho nas profundezas da minha consciência, escondida na grande maioria do tempo por todos os cigarros e alcóol, uma definição perfeita para nós : é como se eu tivesse por de baixo dos meus pés uma rampa rodante na tua direcção e não sou capaz de me virar para o lado oposto. As poucas luzes acesas na bela e grande Lisboa apagam-se. Assim percebo que deve ser realmente tarde e em outra altura qualquer o medo teria-me invadido , mas agora já não tinha nada a perder. Morrer não era um problema de todo, era de facto um desejo disparatado. Ser assaltada era mais aborrecido, porque de seguida teria de continuar a viver sem os meus bens. Estes são apenas a garrafa de Martini e o maço de tabaco; com excepção desses meus dois grandes amigos e inimigos ao mesmo tempo, não tinha nada a perder e por isso, nada a temer. Por isso nem me incomodei, decidi que ia ficar ali até bem me apetecer. Podiam aparecer os bandidos mais perigosos da Europa, nada me tiraria daquele degrau, preso aquelas escadas, presas àquele prédio que tinha sido o meu lar noturno ao longo dos últimos meses. A rotina já estava bem estabelecida : a uma dada altura, depois de me deprimir por completo e o organismo precisar de um descanso forçado, iria adormecer num sono profundo mas ansioso. Sinceramente, a leveza com que prevejo a situação demonstra-me que cada vez estou mais insensível até para comigo mesma. Talvez por já estar habituada aos exageros, os ataques e às críticas. Alguma coisa há sempre de estar mal, e é claro que a culpada serei sempre eu. Raramente me comovo com algum filme ou alguma música, com uma fotografia antiga ou alguma lembrança. A verdade é que as lembranças já não me comovem, só criam mais uma razão para justificar o meu descontentamento constante. De certa forma, até me fazem sentir melhor comigo mesma e com a minha fragilidade. Talvez não seja fragilidade mas sim uma vontade que invade os meus dias de ser salva . E não consigo perceber essa vontade, porque em tempos a minha teoria que parecia ser definitiva, consistia claramente em que cada um se tem de se salvar dentro dos possiveis. Cada um tem de fazer um esforço por se salvar da fossa que o mundo nos propõe todos os dias. Todos os dias sem excepção somos vitímas de testes propostos por alguém que nem é capaz de descer do seu lar, vir tomar um café connosco e finalmente explicar como devemos agir nas determinadas situações. Somos apenas peças de um jogo xadrez manipulado por um jogador que não dá a cara. A sua obrigação é dar-nos algumas pistas, um toque aqui e ali; se vir que estamos a falhar, a ir pelo caminho errado, deveria ajudar-nos a descobrir o certo. Porque é que insistem que a força esta dentro de nós?! Dentro de nós onde? Porque eu passo aqui os meus serões a pensar em tudo, analisar cuidadosamente e não encontro a resposta a nada. Desde pequena que sonho com um príncipe que já percebi não existir. Digam o que disserem, não existe mesmo, em lado nenhum. E quanto mais procuramos por ele, menos hipóteses temos de que apareça uma coisa parecida com essa personagem que todas desejamos. Enquanto era ingénua e o meu coração estava tapado com panos de infantilidade , passava noites inteiras a ver romances – devo ter visto todos os romances do clube-de-video do meu bairro. O tempo passou e esses panos foram sendo rompidos por todos os sapos que foram aparecendo e tentando a sua sorte. Assistir aqueles filmes dáva-me prazer. Continuo a ver todos os fins-de-semana e por incrível que pareça quase que me fazem acreditar que o amor existe. Vemos aquelas histórias lindas, aquelas falas tão bonitas e doces, que no fundo não passam de um feitiço que nos encanta e inspira para perdermos tempo à procura de uma coisa que só acontece nessas fantasias criadas pelos humanos. O que mais me assusta é que estou tão ou mais bêbada que o mendigo do prédio da frente e mesmo assim não consigo parar de pensar! Não consigo evitar pensar nestes assuntos todos, não me consigo esquecer das coisas.
Subscrever:
Comentários (Atom)